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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Por onde anda a Comissão?

Por Noé Maia

Se as autoridades político-administrativas da cidade de Uberaba tivessem a coragem de usar uma cadeira de rodas ou uma venda nos olhos, simulando ser deficiente físico ou cego, tenho certeza que o nosso município teria um plano de inclusão ou, pelo menos, um plano de acessibilidade.

Percorrendo a Avenida Leopoldino de Oliveira, desde o terminal de ônibus coletivos até a esquina da Avenida Guilherme Ferreira com a Rua Floriano Peixoto, constatamos exceções de rampas de acesso conforme as determinações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e travessias com segurança.
                                                                                 
                                                                                
 Em frente o INSS, do lado oposto, tem sinalização permitindo estacionamento para idosos e deficientes... Mas não tem rampa de acesso no local.


   Nas esquinas do quarteirão, tanto da Av. Leopoldino de Oliveira quanto da Rua Governador Valadares, também não têm rampas.

Outro ponto crítico, pelos riscos de atropelamento, é no cruzamento da Av. Leopoldino de Oliveira com a Av. Guilherme Ferreira. Quando o sinal fecha de um lado, abre do outro para acesso à mesma pista. Imaginem um cego tentando atravessar naquele local!

Também é inadmissível a falta de acessibilidade nas proximidades da Policlínica da Uniube, na Avenida Guilherme Ferreira. Ali funciona uma clínica de fisioterapia.

Será que os componentes da Comissão Municipal de Acessibilidade não transitam na cidade ou, não têm sensibilidade pela causa?
Gente, faça alguma coisa!

Ano eleitoral

 Por Noé Maia

A partir deste mês de abril até o dia 07 de outubro, fiquem atentos.
Quando alguém acenar com a mão, cumprimentando de longe, com um largo sorriso e vier ao seu encontro lhe abraçando, batendo em suas costas, perguntando como está? Se sua família vai bem? Se ele não for velho conhecido da família, é candidato.

Detentores de mandato, geralmente têm semblante fechado, no seu dia a dia. Alguns expressam, naturalmente, o seu humor deteriorado, no próprio local de trabalho. Isto é, se a imprensa não estiver por perto. Mas... Se saírem de reunião com um prefeito inflexível, ditador não respeita nem a própria mãe: atiram em qualquer direção.

Existem políticos que até nas fotos das reportagens impressas deixam transparecer o fingimento: o sorriso é forçado.

No período eleitoral todos mostram as “canjicas”, ou melhor, os dentes. Atendem todos que os procuram e marcam presença em todo e qualquer evento, até em torneio de bolinha de gude. Brincam com crianças. Pegam bebês no colo. Abraçam idosos. Elogiam tudo e a todos. Prometem casa, emprego, material de construção. Alguns, até um lugarzinho no céu.
Ah!Ah!Ah! Quando terminam as eleições, tornam-se figurinhas raras, difíceis de encontrar. Das promessas, esquecem de todas.

Criticamos muito os candidatos e, sobretudo os políticos no exercício de mandato, mas devemos nos lembrar que são frutos da sociedade em que vivemos. Será que nós também não somos assim com as pessoas do nosso relacionamento, do nosso convívio? Vamos refletir?

terça-feira, 10 de abril de 2012

O filho de Mira

Conto: Noé Maia

MIRA teve uma infância muito sofrida, além de ter sido doada antes de completar três meses de idade a uma família de classe média da segunda cidade mais importante do Triângulo Mineiro.
Hoje não se sabe ao certo quantos filhos ela teve, porque alguns morrem muito jovens.
TASK, o último a nascer dos trigêmeos que interrompeu a seqüência de vários partos.
Franzino, sempre perdia para os outros irmãos tudo que disputavam, principalmente, comida.
Certo dia, Dona ELZA, fazendeira e de bom coração, sensibilizou-se com o sofrimento de TASK e propôs adotá-lo. Tudo acertado, o jovem TASK ganhou uma nova residência. Sentiu muito a falta da família durante a noite, acostumado a dormir amontoado com seus irmãos e mãe, uns aquecendo os outros.
Na fazenda, durante o dia brincava, corria atrás das galinhas, porcos, e às vezes sujeitava aos coices dos animais de sela.
TASK foi crescendo e se fortalecendo com a farta alimentação: leite, carne e comida preparada na banha de porco. Já na adolescência demonstrava disposição em proteger os interesses da proprietária e tinha muito ciúmes dela que sempre o acariciava, mas quando julgava necessário aplicava-lhe alguns castigos, inclusive chicotadas. Mas isso não diminuía a sua gratidão pela adotante. Essa gratidão e sentimento de responsabilidade pelos interesses da fazendeira lhes custaram muito caro.
Num Sábado, dona ELZA foi para a cidade assistir ao casamento de um parente.
Aproveitando a ausência da proprietária, malandros armados arrombaram a sede para roubar.
Embora corajoso e ágil, estava sozinho, e ao enfrentar os bandidos levou um tiro certeiro no meio da testa, tombando morto.
Ao chegar, por volta de meia noite daquele mesmo Sábado, dona ELZA estranhou de TASK não ter ido ao seu encontro recepcioná-la como de costume. Ao aproximar-se da porta da sala deparou com o corpo do jovem sem vida, esticado no chão. O seu desespero evidenciava o quanto ela estimava e gostava de TASK, o fiel amigo além melhor e mais corajoso cão vira-lata que até então tivera na sua fazenda.

O 13º Salário é uma farsa

 Por Noé Maia

A Gratificação Natalina ou 13º Salário foi instituído no Brasil através da Lei nº. 4.090 de 13 de julho de 1962, pelo então presidente João Goulart. Em 03 de novembro de 1965, a Lei foi regulamentada (Decreto Federal nº.57.155), pelo presidente Humberto de Alencar Castello Branco
           
            Recorrendo à Matemática, vamos chegar à conclusão que o 13º Salário é, simplesmente, a reposição de um mês de trabalho que o trabalhador deixou de receber no decorrer dos 12 meses do ano.
            Vejam os cálculos:
            - Um (01) ano tem 52 semanas ou 12 meses
            - Um (01) mês tem, em média, 04 semanas
            - 12 meses X 04 semanas é igual (=) a 48 semanas
            - Portanto, 48 – 52 = -04, ou seja, 01 mês.

            O empregador está apenas repondo o Salário que deixou de pagar

Milagres das eleições

Por Noé Maia

De quatro em quatro anos temos eleições no Brasil. Os pleitos estaduais (deputados e governadores) e federais (deputados, senadores e Presidente da República), são coincidentes, intercalando-se com as eleições para prefeitos e vereadores, nos municípios.

Ano eleitoral, é ano de obras. Constroem-se unidades de saúde, creches, escolas, asfaltam ruas, avenidas e praças. Abrem ruas ligando bairros.
O setor de suprimentos fica abarrotado de alimentos e material de consumo..

Os chefes ficam afáveis e sorridentes, principalmente aqueles que pretendem concorrer a cargos eletivos, ou mesmo continuarem nos cargos que ocupam.
Na área da Saúde não faltam médicos, medicamentos, os exames, em prazo recorde.

Na Assistência Social, fraldas descartáveis, muletas, bengalas, andadores, cadeiras de rodas, camas hospitalares são colocados à disposição da população. aviar receitas de óculos e tirar segunda via de documentos, torna-se uma facilidade. Que beleza!

Na Secretaria de Esportes, bolas, redes, apitos, fardas são fornecidos a todo e qualquer que diz ter um time de futebol. Que maravilha!
Quanto milagre!!! Claro, com tantos santinhos distribuídos e jogados aos quatro cantos da cidade!

Para não interromper todos esses benefícios, proponho:
1) Eleições de 12 em 12 meses.
2) Prefeitos, governadores e presidente da república poderão ser reeleitos quantas vezes quiserem.

Conclusão: em pouco tempo o Brasil será o País mais endividado do mundo.
Os políticos, a classe mais rica.
Mais suuuja???
Siiim!!!
Maaas... a mais ovacionada, com certeza.
É assim que o brasileiro gosta de políticos.
Então, que seja feita a vontade do povo!